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Segurança em condomínios: tudo que tu precisa saber

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Teu condomínio é seguro, de verdade? A segurança é um dos principais motivos pela escolha de se morar em um condomínio.

O nível de segurança oferecido por um condomínio organizado pode ser muito mais elevado do que o de um imóvel independente já que os investimentos são divididos nas taxas condominiais.

Apesar disso, condomínio não é, necessariamente, sinônimo de segurança.

Sejam eles verticais ou horizontais, os condomínios estão sujeitos principalmente a roubos (subtração de um bem com uso de ameaça e violência), furtos, invasões e ocorrências internas (entre moradores, por exemplo).

A portaria, a presença de seguranças, realização de rondas, câmeras com circuito fechado de televisão (CFTV), alarmes e cercas elétricas são cada vez mais solicitadas pelos condôminos, mas não bastam em si mesmas.

É a gestão inteligente da segurança que dá o melhor resultado.

Neste artigo, confira as 4 frentes de segurança em condomínios, e os pontos-chave a serem trabalhados em cada uma, para tornar os condomínios locais verdadeiramente protegidos.

Ótima leitura!

 

Em primeiro lugar, seja pessimista

 

Aliança pedindo pra ser pessimista? Mas, bah!

É.. Aqui a gente gosta de estar perto, somos positivos e buscamos soluções. Mas, quando se trata de segurança, o pessimismo se torna uma virtude!

Segurança se realiza quando imaginamos o pior cenário, e ficamos preparados para ele.

Quanto mais consideração às fragilidades e vulnerabilidades do condomínio, melhor será a estratégia de segurança, e os planos de prevenção e resposta.

Uma das dicas mais comuns sobre segurança em condomínio é o cuidado com informações. Moradores, funcionários, prestadores de serviços e outras pessoas podem, sem querer, passar informações importantes sobre a rotina dos condôminos, sobre as fragilidades dos prédios quanto à segurança.

Frequentemente as invasões só são possíveis por causa desse tipo de vazamento de informações que, de forma ideal, devem ficar somente entre os moradores.

Dividimos a segurança condominial em 4 frentes: a Portaria, o Sistema de Monitoramento, Moradores e Funcionários, e os Procedimentos e Planos de Emergência.

Entenda a seguir.

 

1. Portaria: primeiro ponto de proteção

A portaria é a linha de frente da segurança no condomínio. 

É ali onde se dá o fluxo das pessoas — visitantes, prestadores de serviços, entregadores — e, dessa forma, é por onde ladrões e invasores também podem acessar.

É por ela que entram visitantes, entregadores, prestadores de serviço — e, infelizmente, também quem não deveria entrar.

Para a portaria, são recomendações fundamentais de segurança em condomínios:

  • controle de acesso com identificação obrigatória para todos os visitantes;
  • registro digital ou físico do fluxo de pessoas;
  • autorização do morador para liberação de entrada;
  • profissionais de portaria com treinamento qualificado;
  • portaria remota pode ser possível, se o sistema com câmeras e controle for de qualidade.

Guaritas com profissionais treinados e altamente qualificados também são uma recomendação dos especialistas. Se possível, alta visibilidade, blindagem e ótima comunicação com a parte interna do condomínio são muito efetivos.

 

#ModoPessimismo para segurança em condomínios, quanto à portaria:

  • jamais liberar entrada sem checagem de identidade real;
  • exija porteiros(as) bem treinados, atentos e preparados para respostas efetivas;
  • em nenhuma hipótese deixar o prédio sem cobertura em horários importantes (trocas de turno, pela manhã, e de madrugada).

 

2. Sistema de Monitoramento (CFTV)

 

O sistema de monitoramento com CFTV é uma poderosa barreira passiva, pois desencorajam ações criminosas e facilitam a investigação e descoberta dos culpados, quando a ocorrência chegar a acontecer.

O CFTV é um sistema fechado e completo de vigilância, em que as imagens só ficam visíveis para pessoal autorizado. As câmeras e microfones gravam continuamente, e as imagens são mostradas de maneira simultânea.

Evidentemente, as câmeras devem ser instaladas em pontos estratégicos e visados por possíveis invasores, e onde possam ocorrer conflitos entre moradores, por exemplo, como: portões, garagens, áreas comuns, corredores, entradas, etc.

Instalar boa iluminação, alarmes, boa resolução para as câmeras e manutenção regular.

Se possível, contar com central de monitoramento, para análise em tempo real e resposta imediata em caso de ocorrência.

#ModoPessimismo para segurança em condomínios, quanto ao Sistema de Monitoramento:

  • jamais deixar, por descuido ou falta de manutenção, as câmeras desligadas;
  • evitar ao máximo a baixa qualidade das imagens;
  • sempre cobrir todos os pontos cegos e vulneráveis do condomínio;
  • manutenção periódica com testes de equipamentos e revisão das gravações.

 

3. Moradores e funcionários: todos pela segurança do condomínio

 

Moradores e funcionários são peças fundamentais para garantir a proteção de um condomínio.

Todos devem entender os perigos, e cumprir as regras de segurança, sem exceção, inclusive as que aparentam ser mais simples, como regras para recebimento de encomendas, entrada de visitantes, etc.

Para isso, é importante realizar campanhas de conscientização regulares, com reuniões entre síndico e moradores, fixação de panfletos em murais, e-mails, etc.

Além disso, contratar fornecedores terceirizados confiáveis e com experiência é essencial, já que as pessoas que trabalham no condomínio passam a conhecê-lo por dentro e deter informações que podem ser usadas por pessoas má intencionadas.

Entra também aqui a capacitação regular dos próprios funcionários e fornecedores terceirizados, tratando sobre os protocolos, sobre postura preventiva e sobre os riscos. 

 

#ModoPessimismo para segurança em condomínios, quanto à preparação de moradores e funcionários:

  • ter procedimentos de punição para moradores de quebram as regras de segurança;
  • treinar regularmente funcionários e prestadores de serviços sobre as normas de segurança.

4. Procedimentos e planos de emergência: preparação e resposta

 

Procedimentos e planos de emergência são elementos fundamentais da segurança em condomínio.

Escrevemos recentemente um artigo completo tratando dos Planos de Emergência que todo Condomínio deveria ter.

Qualquer emergência precisa de um procedimento de resposta: incêndios, enchentes, vazamentos, e ocorrências violentas, seja com invasores ou entre condôminos e moradores.

Por isso, cada situação demanda um plano de emergência próprio, e é recomendado realizar treinamentos e simulados também regulares para que todos estejam sempre em prontidão.

#Modo pessimismo para segurança em condomínios, quanto aos procedimentos e planos de emergência:

  • nunca pense que algo ruim “não vai acontecer”, assuma que, se pode acontecer, provavelmente vai acontecer;
  • elaborar planos de emergência para qualquer ocorrência;
  • garantir que todos os moradores conheçam todos os riscos associados a emergências, bem como os manuais com procedimentos, etc.

 

O que de segurança em condomínio precisa estar na Convenção Condominial?

 

Como já dissemos, todas as medidas possíveis para garantir a segurança do condomínio são recomendadas.

Por isso mesmo, é importante que algumas decisões, autorizações e regras estejam explícitas na Convenção de Condomínio, e no Regulamento Interno.

Entenda:

É indicado que conste na Convenção Condominial:

  • Especificar a responsabilidade do condomínio quanto à segurança nas áreas comuns: já que o condomínio possui responsabilidade apenas pelas áreas comuns, que ainda é limitada ao que for razoável, previsível e comprovadamente negligenciado.

Exemplo: o condomínio pode ser responsabilizado se deixar um portão com defeito aberto e acabar ocorrendo um furto. Dependendo do caso, até um furto dentro de unidade privativa pode ser de responsabilidade do condomínio, desde que seja comprovada a negligência do condomínio como causa.

Se ocorrer furto ou roubo com todas as medidas de segurança ativas e em dia, o condomínio não é responsável.

 

  • Autorização formal para instalação e uso de alguns sistemas: alguns sistemas interferem na rotina e no cotidiano dos moradores, e afetam a privacidade e a segurança. Além disso, há custos associados à manutenção e há decisões operacionais a serem tomadas.

    Portanto, sistemas como CFTV, portaria remota, cercas elétricas, dentre outros, precisam passar por aprovação em assembleia condominial, e constar na Convenção de Condomínio e Regulamento Interno.

No Regulamento Interno, devem constar:

  • as regras de conduta visando à segurança do condomínio para visitantes, moradores, prestadores de serviços e funcionários, com proibição de entrada de desconhecidos, com exigência de identificação, etc.;
  • proibições: deixar portões abertos, forçar entrada sem identificação, ignorar outros procedimentos de segurança, obstruir câmeras, etc.
  • procedimentos para entregas, prestadores de serviço, mudanças;
  • regras de utilização de espaços, com atenção para horários noturnos e horários de circulação e acesso restrito;
  • previsão de penalidades aplicáveis em caso de descumprimento de regras de segurança;
  • e, por fim, constar as regras sobre armazenar e divulgar imagens dos sistemas de monitoramento, em conformidade com a LGPD.

 

Conclusão

 

Segurança não é brincadeira, tchê! Por isso todo cuidado é pouco, e é fundamental observar cada detalhe.

A tecnologia ajuda muito na prevenção de riscos de segurança nos condomínios, mas nada é tão importante quanto a dedicação das pessoas que ali circulam.

Por isso, síndico, conte com a ajuda de uma administradora, com um fornecedor qualificado, especialistas, e com a conscientização efetiva para garantir a segurança do teu condomínio!

 

 

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