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Carros elétricos em condomínios: o que as novas regras de segurança exigem dos síndicos

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Tchê, os carros elétricos estão a mil no Brasil! Eles chegaram aqui em 2018, mas foi a partir de 2020 que ganharam maior popularidade.

Aqui em Porto Alegre, desde 2024, os ônibus elétricos já entraram em circulação em algumas linhas, e os novos veículos particulares são cada vez mais vistos rodando pela nossa capital.

Os carros elétricos são a cara do futuro: designs inovadores, estilosos, sustentáveis e muito econômicos!

Ao longo de sua vida útil, carros elétricos produzem metade das emissões de carbono de um carro movido a combustível! Além disso, a eletricidade acaba custando muito menos que a gasolina ou álcool, e os carros elétricos não precisam de tanta manutenção quanto os convencionais.

É uma maravilha, não é? Mas, atenção! Por causa da popularização desses veículos, e da forma de abastecimento, é preciso estabelecer novas regras que garantam a segurança dos pontos de recarga dessas máquinas! Existem riscos específicos para essas instalações, e portanto é preciso tomar os cuidados necessários para prevenção de acidentes!

Muito provavelmente todos os condomínios irão, eventualmente, possuir um ponto de recarga para seus veículos elétricos.

E as novas regras de segurança para esses locais já estão entrando em vigor!

Neste artigo, a Aliança te explica tudo sobre as novas regras de segurança para carros elétricos em condomínios: se no teu condomínio já existem moradores que possuem ou desejam instalar essa estrutura, fique atento e leia até o final!

Vamos lá!

 

Pontos de recarga para carros elétricos em condomínios

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Os pontos ou estações de recarga para veículos elétricos são como um posto de abastecimento de combustível, mas voltados para as máquinas elétricas e híbridas.

Nesses pontos, o veículo recebe a carga elétrica necessária para seguir funcionando de maneira adequada.

Esses pontos de recarga são exclusivamente para cargas elétricas, então, cada vez mais, as residências, as empresas, comércios e condomínios tenderão a contar cada um com a sua própria estação.

A tendência é que esses “eletropostos” sejam cada vez mais presentes também pelas ruas e estradas.

Eles oferecem diversos “tipos” de recargas, variando entre carregamentos lentos e ultra rápidos. A potência e o tempo de abastecimento dependem de vários fatores.

Por outro lado, o que vale para todas as estações é a realidade dos riscos de incêndio, e as medidas necessárias para se combater um incêndio causado por eletricidade.

Portanto, dentro dos condomínios, esses riscos devem ser abordados, e exigem diversos pontos de atenção.

 

Diretrizes de segurança para as garagens de condomínio: um debate contínuo

Desde 2024, em São Paulo, o Corpo de Bombeiros estabeleceu uma consulta pública para avaliar e definir os critérios de segurança para pontos de recarga de veículos elétricos nas garagens dos condomínios.

Participaram entidades da indústria de eletromobilidade e do setor imobiliário, bem como gestores e donos de condomínios com estações de recarga.

Mais recentemente, em junho de 2025, o Workshop Internacional “Eletromobilidade e Segurança nas Edificações” estabeleceu uma forma final para a diretriz nacional da segurança contra incêndios em estações de abastecimento elétrico.

Confira, a seguir, quais são as regras de segurança nos condomínios!

 

Pontos de recarga: como deve ser feita a instalação em condomínios?

Em primeiro lugar, é preciso entender que qualquer morador que quiser instalar um carregador em sua vaga privativa poderá fazê-lo, desde que siga alguns critérios técnicos.

Se a instalação for feita em áreas comuns (garagens coletivas, por exemplo), é obrigatória a aprovação em assembleia.

E, dessa maneira, a responsabilidade pela instalação é do morador que deseja instalar, ou do condomínio, no caso de áreas comuns. A execução deve ser feita, evidentemente, por um profissional habilitado, e contando com Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

 

Por que as novas diretrizes de segurança são importantes?

Veículos elétricos funcionam com baterias de íon-lítio, que possuem potencial inflamável muito alto. Quando há incêndio, as chamas se propagam rapidamente, e exigem métodos de combate especializados, de modo que o condomínio torna-se vulnerável.

O Corpo de Bombeiros de São Paulo, bem como a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), SindusCon-SP e Secovi-SP estão elaborando um documento técnico que define medidas preventivas para esses riscos. São Paulo deve ser o primeiro estado a oficializar as normativas, estabelecendo um modelo para todo o resto do país.

Se tu és síndico, é preciso conhecer essas diretrizes desde já, para se preparar para modificações, e garantir a proteção das pessoas e a segurança patrimonial e fiscal do teu condomínio!

 

Quais são as novas diretrizes de segurança para carros elétricos em condomínios?

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As novas diretrizes de segurança têm sido implementadas em nível municipal, enquanto o Projeto de Lei número 158/2025 busca um consenso nacional para os pontos de recarga individuais em condomínios.

E, apesar das iniciativas municipais, algumas leis têm sido questionadas por ultrapassarem os limites de competência e ferir a autonomia dos condomínios, quando, por exemplo, os obrigam a ter pontos de recarga.

Por fim, a ABNT 17019/2022 é a principal norma a respeito do assunto quando se trata de estrutura e análise técnica que pode ser aplicada aos pontos de recarga.

Neste artigo, iremos te orientar sobre os pontos obrigatórios prováveis que aparecerão nas normativas. Essas leis e e regulamentos ainda não estão prontos — mas acreditamos que eles irão perpassar os seguintes pontos:

 

Potência e capacidade Elétrica

É necessário, em primeiro lugar, para garantir a segurança de carros elétricos em condomínios, avaliar a estrutura elétrica do prédio. 

Uma grande quantidade de edifícios não suportam a instalação de vários carregadores sem gerar um risco de sobrecarga.

O projeto deve, então, dimensionar:

 

  • potência máxima permitida por ponto de recarga.
  • plano de expansão para comportar o crescimento da frota elétrica no condomínio.

Distância e isolamento

Em áreas abertas, recomenda-se um distanciamento mínimo entre estações, de 5 metros, ou a instalação de barreiras físicas (a definir em lei).

O objetivo é dificultar a propagação do fogo em caso de incêndio.

Também é necessário ter extintores do tipo ABC disponíveis, a no máximo 15 metros de distância dos carregadores (a definir em lei).

 

Garagens subterrâneas

Garagens subterrâneas são ambientes fechados, por isso há exigências adicionais:

É preciso ter, por exemplo:

 

  • sistema de detecção de calor (em vez de apenas sensores de fumaça);
  • sprinklers em todo o pavimento ou nas baias específicas para recarga;
  • ventilação natural de 50% da área ou sistemas de exaustão mecânica.

 

Portanto, para os pontos de recarga de carros elétricos em garagens subterrâneas, as normativas irão envolver algo semelhante.

 

Sistema de desligamento rápido

Cada carregador deve ter um disjuntor e um ponto de desligamento manual de fácil acesso, e com sinalização, de modo que o fornecimento de energia seja cortado imediatamente em caso de emergência.

 

Sinalização e segurança

Além disso, haverá sinalização de segurança obrigatória, com placas, orientações e delimitações de área de recarga.

 

Atualização do AVCB

Como sempre, as modificações estruturais exigem atualização do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), que certificam o cumprimento das novas normas de segurança.

 

Preparação do síndico para se adequar às novas exigências

 

As mudanças vêm aí e os síndicos precisam se antecipar e se preparar para as novas demandas.

A Aliança indica, então, algumas medidas para já criar soluções para os seus condôminos:

 

  1. Buscar um engenheiro eletricista para a avaliação da infraestrutura atual. Como colocamos, muitos edifícios não suportam altas potências, e múltiplos pontos de recarga. Essa avaliação servirá para limitar as instalações no momento presente, e para planejar reformas necessárias no futuro;
  2. Leve o tema para a assembleia, apresentando os riscos, os benefícios, e as possibilidades quanto ao tipo de instalação, formas de pagamento, etc.
  3. Rascunhar um novo regulamento interno, que incluirá as regras sobre instalações individuais, além das responsabilidades dos condôminos, etc.
  4. Quando for realizar as instalações, exigir o ART ou RRT do profissional.
  5. Providenciar o AVCB.
  6. Comunicar amplamente as mudanças, novas regras e responsabilidades dos condôminos e moradores, e sobre o uso correto dos carregadores.

 

Conclusão

Embora ainda não tenhamos regras de segurança para os carregadores de carros elétricos em condomínios no Brasil, já sabemos quais são as referências técnicas que irão regulamentar as novas instalações.

Síndicos de condomínio precisam se atentar e começar a se informar sobre como implementar as mudanças, como realizar as instalações com qualidade, e se comunicar com condôminos e moradores sobre a organização das estações de carregamento.

O crescimento do número de carros elétricos é uma tendência mundial, e adiantar-se às novas necessidades das pessoas é fundamental.

A Aliança Condomínios te ajuda a realizar essa e outras adaptações necessárias no teu condomínio!

Oferecemos soluções exclusivas para a gestão financeira, gestão de recursos humanos, comunicação e organização geral do condomínio.

Fale conosco para entendermos as tuas necessidades!

 

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